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Edgar Allan Poe


Edgar Alan Poe



Edgar Alan Poe é referência na literatura mundial, servindo de inspiração para autores de peso tais como Melville em seu clássico Moby Dick, Conan Doyle, Agatha Christie, G. K. Chesterton. Jorge Luis Borges etc.
O enfoque de suas obras é sua narrativa sombria, seja em contos ou crônicas, teve um de seus textos adaptado para o cinema intitulado ‘’O Corvo’’, que tanto em prosa como em verso tem sido vertida para várias línguas.
Nasceu em 19 de janeiro de 1809 em Boston, Massachusetts. Ficou órfão aos dois anos de idade e foi enviado à Escócia e à Inglaterra para fazer seus estudos. Na Universidade da Virgínia, se tornou alcoólatra e grande adepto do jogo. Publicou seu primeiro livro de poesias em 1827. Seus poemas são pouco numerosos, mas compreendem versos de primeira classe. Poe também é autor do romance O relato de Arthur Gordon Pym e de contos antológicos, entre eles, Assassinatos na rua Morgue e Histórias extraordinárias. Suas narrativas de terror, de mistério e policiais são marcos na história da literatura.
Um espírito desequilibrado e uma alma atribulada fizeram Poe levar sempre uma vida de miséria e de desespero, mas senhor, ao mesmo tempo, da maior figura do romantismo americano e o mais universalmente conhecido dos seus escritores. Sua própria vida foi um desses romances vividos que fornecem alta matéria para os romancistas. Devido aos excessos alcoólicos, Poe morreu em 7 de outubro de 1849 em Baltimore.

Para apresentar o autor, preparamos uma breve resenha sobre seu conto intitulado O Gato Preto

O Gato Preto

Logo de início o narrador diz que não espera que acreditem na história que vem a seguir e que está prestes a morrer, deixando já nas primeiras frases uma atmosfera de suspense típico de sua obra.
Falando um pouco sobre sua infância, relata que sempre gostou muito de animais, e na vida adulta continua a usufruir do prazer de alimentar e acaricia-los, e exalta a amizade de um cão em detrimento das de um ser humano, que por hora estão enraizadas de sentimentos de mesquinhez e fragilidade de fidelidade.
        Teve a felicidade de se casar com uma mulher que compartilha do gosto pelos animais e juntos, acabam cuidando de diversos, tais como: pássaros, peixinhos dourados, um belo cão, coelhos, um macaquinho e um gato. 
        De todos os animais, o gato, chamado Pluto era seu preferido.
        Conforme o alcoolismo do narrador avançara, seu humor piorara, o que o fez começar a tratar mal seus animais, um a um, até que chegasse a vez de Pluto que por seu prestígio foi o último a sofrer as consequências, porém não menos cruéis.
        Ao chegar um dia em casa totalmente embriagado, teve a impressão de que o gato o estava evitando, e sacou do canivete arrancando um olho do coitado. No dia seguinte se arrependeu, encontrando refúgio novamente na bebida.
        Lamentavelmente, agora após o ato de atrocidade, o gato o evitava de fato.
        Não contente, o narrador, mesmo sabendo que suas atitudes estão erradas, nos leva a pensar sobre as transgressões que um dia já cometemos, apenas por saber que não podíamos, decide e dá cabo a vida do animal e o faz chorando, sentindo culpa e remorso.
No dia seguinte, ainda que duvidasse da relação causa e efeito, sua casa pegou fogo, e nos escombros da casa, apenas uma única parede não havida desmoronado, e nessa havia a imagem de um gato com uma corda no pescoço.
O narrador cria uma explicação racional pela qual a imagem apareceu lá mas ele mesmo não se convence.
Após um dado tempo, em um bar qualquer, ele encontra um gato preto, muito parecido com Pluto, e ao ir para casa, o gato o acompanha. Ele descobre que não gosta do gato, e chega a ter nojo de lhe dar carinho, e passa a evitar o gato. Só não o agride pois se recorda do acontecido com Pluto.
De tão bêbado que estava, não havia se dado conta de que o gato também não possuía um dos olhos.
Aos poucos a mancha branca no peito do animal, se torna uma forca o que faz despertar verdadeiro horror pelo animal.
Em um de seus acessos de raiva, pegou um machado e tentou desferir um golpe contra o animal, sua esposa impedi-o, e deliberadamente, o agressor desferiu outro golpe, mas desta vez sobre a têmpora da esposa.
Ao cogitar diversas possibilidades para se livrar do corpo, ele decide demolir parte da parede, para então anexar o cadáver e fechar.
Dias após, a polícia faz uma revista na casa para averiguar a ocorrência. E nada encontra. Depois de algum tempo os policiais retornam e fazem nova batida, e quando estão quase a ir embora, o assassino, já muito confiante de sua esperteza, começa a se gabar e falar descuidadamente sobre a construção da casa, e chega a bater com a bengala justamente na parede onde a falecida esposa está sepultada. Neste momento um grito estridente de horror ecoa da parede, deixando a todos chocados. A parede é derrubada e lá estava, não só o cadáver, mas também o gato, e a dias não era visto.

                                                                                          Por Brian Andrews
Fonte:https://www.lpm.com.br/site/default.asp?TroncoID=805134&SecaoID=948848&SubsecaoID=0&Template=../livros/layout_autor.asp&AutorID=37

Edgar Allan Poe – Histórias Extraordinárias – O Gato preto

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